Documentário de uma ocupação de terras no Estado de São Paulo, enfatizando a ação da organização e gestão dos trabalhadores rurais sem terras. A luta pela terra e reforma agrária.
Robinson Jane
No maior conflito fundiário urbano da América Latina, companheiras e companheiros da região ocupada da Izidora marcham pela moradia digna. Cineasta e liderança, Kadu, leva sua câmera para a marcha e nela traz de volta alguns registros do dia 19/5. À beira do fogo ele relembra o dia, a luta e o sonho.
Carlos Eugênio Paz relembra sua participação na luta armada contra a ditadura militar entre as décadas de 1960 e 1980. Utilizando o codinome de "Clemente", ele participou da Aliança Libertadora Nacional e diversas ações urbanas. Através de seu depoimento, dos depoimentos de seus companheiros de luta e de imagens de arquivo, a diretora Isa Albuquerque constrói um retrato de um momento conturbado da história brasileira e de toda uma geração que lutou pela democracia de seu país.
Subversivo indomável. Assim se definiu o próprio Manoel da Conceição, em entrevista histórica ao jornal O Pasquim. Primogênito de um casal de lavradores, Manoel nasceu, em 1935, em Pedra Grande (MA). Manoel e sua família foram expulsos diversas vezes das terras que cultivavam. Em 1963, fundou e foi eleito presidente do primeiro sindicato de trabalhadores rurais do Maranhão, o Pindaré-Mirim. Com o golpe de 1964, Manoel passou um mês preso, junto com outras lideranças. Em 1967, vincula-se à Ação Popular (AP) e, apesar da repressão, mantém o sindicato atuante. Em 1968, a Polícia Militar invade o sindicato e Manoel é baleado no pé, perdendo a perna direita gangrenada. Na época, o governo tentou silenciar Manoel, que respondeu: “Minha perna é minha classe”. O resto é história.
O filme registra a ocupação de uma fazenda no Rio Grande do Sul e investiga as políticas de reforma agrária no Brasil da Nova República e a atuação do MST. Para isso, aborda a história de Rose, uma das líderes cujo sonho é ter um pedaço de terra.
Na madrugada da sexta-feira santa de 2004 inicia-se uma ocupação. Cerca de 120 famílias armam seus barracos e começam a luta pelo direito à moradia. Surge o assentamento Leningrado em Natal, uma alusão a cidade soviética sitiada em 1941 durante a segunda guerra mundial. Ambos lugares de resistência e dignidade. Após anos de existência Leningrado ainda não tem serviços básicos como escola, saúde, segurança e lazer. Sua única ligação com a cidade é a linha 41, que precisa ser ampliada. Leningrado, linha 41 uma história de luta por direitos humanos.
Um assentamento urbano em remoção após um incêndio que destruiu mais de 50% dos barracos. Mulheres, homens e crianças em mudança para a tão sonhada moradia. Essa história é revelada de forma lúdica por uma criança de oito anos que viveu com sua mãe numa comunidade entre tábuas e lonas, mas que sonhava morar em uma casa com parede.
Por meio de entrevistas inéditas, com várias personalidades, o documentário narra a vida e luta de Manoel Lisboa, fundador e principal dirigente do Partido Comunista Revolucionário (PCR). Protagonista da resistência à ditadura e da luta pelo socialismo, exemplo de conduta revolucionária em todos os dias de sua militância, inclusive, nos seus últimos 18 dias, sob cruéis torturas, sem nada informar aos torturadores. O documentário é de Carlos Pronzato, cineasta argentino radicado no Brasil, autor de dezenas de dezenas de documentários, entre os quais sobre Che Guevara, Carlos Mariguela e "Escola toma Partido".