Documentário de uma ocupação de terras no Estado de São Paulo, enfatizando a ação da organização e gestão dos trabalhadores rurais sem terras. A luta pela terra e reforma agrária.
Robinson Jane
As memórias da luta pela moradia traduzem a luta pela própria cidade. Disputando uma outra história da construção de Belo Horizonte, se apresentam as ocupações: Vila Corumbiara, Dandara, Eliana Silva, Izidora, Paulo Freire, Carolina Maria de Jesus e Vicentão. O filme confronta o processo histórico do desenvolvimento da capital, evidenciando as trajetórias de resistência nos últimos 13 anos da luta pela moradia na cidade. Resgatam-se memórias, histórias e fazeres de uma outra cidade, que sempre existiu.
O Mini-Doc acompanha o MLB (Movimento de Luta nos Bairros vilas e favelas) nos primeiros momentos da Ocupação Anita Garibaldi, registrando a transformação do prédio que anteriormente estava a mais de 10 anos abandonado, em moradia para centenas de famílias. A ocupação, composta majoritariamente por mulheres negras e mães trabalhadoras, homenageia em seu nome o bicentenário da revolucionária Anita Garibaldi – grande lutadora do séc XIX.
No aniversário de 5 anos da Casa de Referência Mulheres Mirabal, o espaço enfrenta descaso do poder público que coloca as mulheres acolhidas a ficarem sem energia elétrica há mais de 6 meses. Mas após tantos anos resistindo a casa se torna referência no combate a violência contra as mulheres no Estado, levando a comunidade a se questionar porque tentam acabar com a Mirabal?
Na madrugada da sexta-feira santa de 2004 inicia-se uma ocupação. Cerca de 120 famílias armam seus barracos e começam a luta pelo direito à moradia. Surge o assentamento Leningrado em Natal, uma alusão a cidade soviética sitiada em 1941 durante a segunda guerra mundial. Ambos lugares de resistência e dignidade. Após anos de existência Leningrado ainda não tem serviços básicos como escola, saúde, segurança e lazer. Sua única ligação com a cidade é a linha 41, que precisa ser ampliada. Leningrado, linha 41 uma história de luta por direitos humanos.
Madrugada de 23 para 24 de maio de 2016, no Centro de Porto Alegre. Policiais bloqueiam todas as ruas que dão acesso à Ocupação Lanceiros Negros, para cumprir uma controversa reintegração de posse solicitada pelo Governo do RS. Na rua, apoiadores se mobilizam contra a ação de despejo. Dentro do prédio, lanceiros negros estão determinados a resistir, enquanto um coletivo de advogados tenta suspender a reintegração na Justiça. O documentário reconstitui, através de depoimentos e imagens, o que aconteceu naquela noite que culminou ao amanhecer com uma vitória temporária, porém histórica de famílias que lutam por direito à moradia e liberdade.
Carlos Eugênio Paz relembra sua participação na luta armada contra a ditadura militar entre as décadas de 1960 e 1980. Utilizando o codinome de "Clemente", ele participou da Aliança Libertadora Nacional e diversas ações urbanas. Através de seu depoimento, dos depoimentos de seus companheiros de luta e de imagens de arquivo, a diretora Isa Albuquerque constrói um retrato de um momento conturbado da história brasileira e de toda uma geração que lutou pela democracia de seu país.
Subversivo indomável. Assim se definiu o próprio Manoel da Conceição, em entrevista histórica ao jornal O Pasquim. Primogênito de um casal de lavradores, Manoel nasceu, em 1935, em Pedra Grande (MA). Manoel e sua família foram expulsos diversas vezes das terras que cultivavam. Em 1963, fundou e foi eleito presidente do primeiro sindicato de trabalhadores rurais do Maranhão, o Pindaré-Mirim. Com o golpe de 1964, Manoel passou um mês preso, junto com outras lideranças. Em 1967, vincula-se à Ação Popular (AP) e, apesar da repressão, mantém o sindicato atuante. Em 1968, a Polícia Militar invade o sindicato e Manoel é baleado no pé, perdendo a perna direita gangrenada. Na época, o governo tentou silenciar Manoel, que respondeu: “Minha perna é minha classe”. O resto é história.
No cotidiano de uma ocupação urbana espontânea autoconstruída na Região Metropolitana de Belo Horizonte e conhecida como Izidora, subsiste uma comunidade de cinema formada por uma pluralidade de sujeitos que filmam a vida política e cotidiana daquele território, salvaguardando a sua memória coletiva. Este filme é uma montagem dessa memória audiovisual na perspectiva de quatro personagens cineastas.
Arquivos de vídeo ao longo de anos remontam a a trajetória de luta da Ocupação Eliana Silva.
Vídeo de apresentação da Ocupação Vito Giannotti, situada na zona portuária do Rio de Janeiro. Este vídeo foi produzido no âmbito do projeto Luta Pela Moradia No Centro Da Cidade, pesquisa etnográfica de 4 anos comparando diversos modelos de habitação de interesse social na região central do Rio de Janeiro. Ela envolve uma equipe de 8 pequisadores internacionais provindo de 3 universidades : Syracuse University (New York), King’s College (Londres) e Universidade Federal Fluminense (Rio de Janeiro).
O filme registra a ocupação de uma fazenda no Rio Grande do Sul e investiga as políticas de reforma agrária no Brasil da Nova República e a atuação do MST. Para isso, aborda a história de Rose, uma das líderes cujo sonho é ter um pedaço de terra.