Há 70 anos, uma gestão visionária em educação e cultura como estratégia política de divulgação e desenvolvimento da Bahia, fez surgir uma vanguarda artística que impacta a cultura brasileira até hoje.
Peu Lima
Self
Perpetuar a arte foi o objetivo maior da vida do artista visual, cineasta e gestor cultural Chico Liberato, falecido em janeiro de 2023. Pioneiro do cinema de animação da Bahia, ele deixou um legado para o setor, e até mesmo na família.
O filme aborda a vida política e a obra literária do escritor, advogado e político sulbaiano Euclides José Teixeira Neto. Conhecido como Dr. Ocride pelo povo, Euclides Neto notabilizou-se na luta pela Reforma Agrária.
Diretor Bernard Attal descobre nos seus arquivos pessoais um velho titulo de investimento no Porto de Salvador, incentivando-o a buscar os segredos do antigo “Porto do Brasil”. Passeando no bairro portuário, ele observa os traços da sua historia, as atividades vibrantes e uma população diversa. Neste universo rico, o conflito está latente entre um declínio angustiante e um futuro promissor porém incerto.
Uma viagem irresistível pelo universo do cantor e compositor que revolucionou a canção no Brasil e influenciou gerações de músicos, abrindo caminho para Bossa Nova e a Tropicália. Traduzindo sensorialmente os versos de Caymmi, o filme passeia pela atmosfera vibrante dos pescadores baianos, as referências de raiz africana, a religiosidade e espiritualidade no candomblé, e suas histórias de amor.
Longa-metragem documental que tem como tema o Carnaval de Salvador, que é mais que uma festa, é um estado de espírito.É singular e é plural: são milhões de pessoas que são de verdade Carnaval. A festa ganha vida com a voz do premiado ator baiano João Miguel. foram 5 anos de filmagens (2014, 2015, 2016, 2017 e 2018), num mergulho profundo para tentar entender o porquê de tanta loucura. Que histeria coletiva é essa? Existe explicação?
Um dos mais importantes acontecimentos da história do Brasil, a Revolta dos Búzios, de 1798, foi protagonizada por dezenas de homens negros que se levantaram para derrubar o governo colonial, proclamar a independência e implantar uma República democrática, livre da escravidão. A ousadia desses homens conclama o povo a fazer a Revolução e a conspiração se espalha pela Cidade da Bahia. A tomada do poder está perto. Mas o movimento é denunciado, o governo instala uma Devassa contra centenas de pessoas e quatro delas são enforcadas e esquartejadas.
A trajetória dos Novos Baianos, grupo encabeçado por Pepeu Gomes, Baby do Brasil, Moraes Moreira, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor. Nos anos 1970, a banda ganhou um padrinho famoso e influente: João Gilberto.
Desde novembro de 2021 a Casa Preta Zeferina vem construindo um espaço de acolhimento e luta, ajudando as mulheres vítimas de violência em Salvador. Mesmo sem nenhum financiamento, as militantes obtiveram sucesso em ocupar e resistir. Em constante diálogo com a comunidade do Santo Antônio, a Casa conta com a ajuda do povo para continuar realizando seu trabalho. O documentário Casa Preta Zeferina mostra os desafios e obstáculos na construção da Casa - mas sobretudo enfatizando a importância da mesma e o impacto do poder popular.
Ganhador do prêmio Corazon de melhor documentário de curta-metragem no 2010 San Diego Latino Film Festival e de Melhor Filme de Diáspora Africana no 2010 San Diego Black Film Festival.
Lançada há mais de 35 anos, a música “É d’Oxum” tornou-se um dos maiores sucessos de Gerônimo Santana e Vevé Calasans. Neste curta, a obra é apresentada poeticamente, como um dos elementos que melhor traduzem o sentimento de pertencimento identitário dos soteropolitanos. Expressa em cada verso da canção, a relação entre a natureza e o candomblé é um aspecto cultural e simbólico do jeito de ser baiano, presente na memória afetiva do povo, seus festejos e crenças.
IJÓ DUDU, MEMÓRIAS DA DANÇA NEGRA NA BAHIA é um filme documentário construído a partir da Memória Viva. Uma DENÚNCIA POÉTICA, contada através das vivências e saberes das Mestras e Mestres pioneiros e protagonistas da Dança Negra na Bahia. Uma memória de corpos, mentes, ideias ousadas e corajosas de pelo menos duas gerações de mulheres e homens negros que fizeram de seus corpos as ferramentas principais para se afirmar na luta política, mas sobretudo se afirmar enquanto mulheres e homens, negras e negros. A Memória da Dança Negra na Bahia é também a memória da resistência negra na Bahia, memória da história da Bahia e memória da resiliência democrática da Bahia. O documentário é idealizado e dirigido por José Carlos Arandiba “Zebrinha”. Produzido pela Modupé Produtora em Cooperação com a Fundação Pedro Calmon/SecultBA.
Um dos mais importantes sambistas do Brasil, o baiano Oscar da Penha, o Batatinha (1924 -1997), é visto sob a perspectiva de seus nove filhos. São eles que vão atrás das memórias do pai, investigam a sua vida, história e obra e se encontram com familiares, amigos e músicos. Vemos um homem simples, compositor de um samba lamento carregado de poesia, cheio de facetas românticas, satíricas e que resgatavam a alma popular do povo baiano. Seus filhos, ao mesmo tempo em que reúnem fragmentos que revelam a história do pai, acabam conhecendo mais sobre ele, estabelecendo também elos fraternais importantes entre a própria família.
No Sul da Bahia, sete mulheres indígenas convidam à reflexão, compartilhando sua mitologia, ancestralidade e caminhos para viver bem.
O documentário traz narrativas sobre a permanência da população moradora no Centro Histórico de Salvador e seu vínculo com o território, enquanto um espaço de lutas por moradia, trabalho, cultura e educação, assim como pela existência de laços de vida e memória.
Selma, Mulher, negra e moradora da Ocupação Luisa Mahin, no bairro do Comércio, Salvador, Bahia.
"Sobre as filarmônicas bahianas, realizado durante o grande concerto, realizado no Terreiro de Jesus, Salvador, com duzentos músicos das mais diversas filarmônicas do recôncavo bahiano." (Embrafilme/CFCMB)