Recorte da festa com tambores, o terecô. Festa em honra à encantaria, em honra aos mais velhos, em honra à Nanã. Um registro que se intenciona como o resgate de uma herança ancestral cristalina.
Victor Azê
Ela mesma
Legba, Bará, Eleguá, Tranca-rua, diabo, capeta… Exu é um dos orixás mais controversos da cultura afro. Interpretado muitas vezes como o diabo pelo catolicismo é constantemente associado ao mal em diversas leituras, até mesmo por alguns autores umbandistas do passado. Porém, o significado do mito Exu, tanto para a Umbanda, quanto para o Candomblé, vai muito além de tudo isso.
Batchan é um documentário sobre a vida de Luiza Okabayashi, uma nipo-brasileira que se encontrou em uma corrente espiritualista que faz sincretismo com religiões como catolicismo, xintoísmo e candomblé.
A Gangrena Gasosa, a primeira e única banda de Saravá Metal do universo se reúne com ex-integrantes para contar sua história. Dirigido por Fernando Rick, o documentário narra a trajetória de uma das bandas mais engraçadas e criativas do panorama brasileiro.
O curta acompanha o cotidiano de Pai Marcos Luciano de Oxalá e Madrinha Catingueira, lideranças umbandistas LGBTQIAPN+ no Piauí. O filme aborda suas vivências dentro e fora dos terreiros, apresentando as tensões entre gênero, sexualidade e religiosidade. O título faz referência à expressão "virar a folha", utilizada para descrever um ritual nos terreiros de religiões afro-brasileiras, no qual se “virava” a orientação sexual ou a identidade de gênero de pessoas.
O documentário “Ferreiros dos Orixás”, de Milena Manfredini, aborda a trajetória de quatro mestres do ferro: José Adário e Cláudio Bispo (Bahia), Olegário Lemos e Wueltony Ferreira (Rio de Janeiro). O filme mostra como o trabalho com o ferro se transforma em força ancestral, conectando técnica, espiritualidade e memória. Entre oficinas e cânticos, evoca a energia de Ogum e os saberes que são forjados no tempo, destacando o ferro como matéria viva e sagrada, um elo entre o visível e o invisível. Exibido na exposição "Nossa vida bantu" com curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan e Tiganá Santana no Museu de Arte do Rio, Centro - RJ.
História do Pai Lourenço de Xangô e sua profunda relação com o terecô.
“Sambancestral” mergulha nas raízes do samba e celebra a herança africana em Colombo, cidade repleta de diversidade e cultura. Focado na preparação e realização do Samba do Miguel Camisa Preta, a celebração anual serve de pano de fundo para contar parte da história do samba e de seus personagens e lugares. Através de seu protagonista, elo entre o passado e o presente, e de sua atuação junto a sua comunidade, o samba serve como afirmação de identidade, uma celebração da vida e um ato de amor à cultura brasileira.
O documentário de longa-metragem "Preto Velho na Lagoinha" acompanha os ritos e preparativos da celebração do "Dia do Preto Velho", uma das mais importantes festas da Umbanda no Brasil. A religiosidade dos praticantes da Umbanda nos é apresentada pelos membros da "Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente", situada na Vila Nosso Senhor dos Passos, na Lagoinha, em Belo Horizonte, e fundada em 1966 pelo Médium Joaquim Camilo e sua esposa Maria das Dores Moura.
A Fraternidade Espírita de Umbanda Cosme Damião e Doum e Francisco Ferreira Matão distribui marmitas de feijoada, comida típica do orixá Ogum, para pessoas em situação de rua a fim de tirá-las da invisibilidade.
O filme acompanha a jornada de duas mulheres negras belo-horizontinas, Rosane Pires e Iara Viana, durante o preparativos para seu casamento, bem como as cerimônias civil e religiosa. Essa história é pano de fundo para levantar um importante debate sobre gênero, raça, sexualidade e religiosidade de matriz africana, e sobre a intersecção de violências sobre a vida das mulheres negras homoafetivas no nosso país.
Orun - O Mundo dos Orixás" é uma imersão profunda na rica e fascinante cultura Yorubá, que nos conduz a uma jornada através das danças, cores e toques dos 16 Orixás que compõem o panteão do Candomblé. Este curta-metragem tem o propósito de não apenas apresentar essas divindades, mas também de proporcionar uma experiência sensorial que permita ao espectador vivenciar a espiritualidade, a beleza e a diversidade cultural dessa tradição.
Por Trás do Congá traz um outro lado da Umbanda, religião afro-brasileira criada por Zélio de Moraes em 1908. A fim de humaniza-la, membros da casa Irmandade Umbandista Caboclo Sete Montanhas, localizada em Mongaguá/SP, compartilham histórias e dificuldades que enfrentaram por pertencerem a religião ao longo desses 25 anos de casa, através de depoimentos e pontos cantados, entendemos o que a Umbanda de fato significa para cada um. Jacob Neto, dirigente do centro, abre as portas de sua casa, compartilhando também parte de sua vida pessoal e sua história ao longo de 40 anos de Umbanda, dando ênfase ao contraste entre deveres, obrigações e fé e deixando explícito o propósito da religião: amor, caridade e luz.
Camila Viude Moreira, uma jovem que nunca teve contato com religiões de matriz africana, embarca em sua primeira experiência. Na conversa com o Sacerdote Leonardo Caputi, ela conta sobre suas expectativas e descobre as respostas para suas dúvidas. Mais a frente, em abril, ela se aprofunda no tema indo em duas giras, uma de umbanda, festa de Ogum, e outra de quimbanda, ritual com as entidades chamadas Exús, aonde ela passa por consultas com as entidades ali presentes, revelando para si a realidade de estar naquele ambiente ritualístico.
Encruzilhadas do Som aborda o papel da música e a diversidade musical presente na Umbanda (religião brasileira de raízes afro-ameríndias). Com depoimentos de quatro umbandistas de Fortaleza - CE, o documentário reverencia a dimensão encantada onde os sons se cruzam para fazer os espíritos dançarem.
O Grupo de Pesquisa e Documentação em História Social e Política do Maranhão, contemplado no Edital n°. 05/2023 - Audiovisual, promovido pela Secretária Municipal de Cultura, Turismo, Juventude e Patrimônio Histórico de Caxias-MA, proveniente da Lei Paulo Gustavo, que fomenta ações emergenciais à cultura em decorrência da Covid-19, apresenta o Documentário de média-metragem: Terecô: a força que vem da raiz. O objetivo é registrar e visibilizar as práticas de Terecô no leste maranhense, na intenção de promover a valoração das religiões de matrizes africanas e indígenas, e erradicação do preconceito racial e religioso.
Oxum todos os dias vai ao rio encher sua talha com água. Um dia, Iansã cruza seu caminho.
"Na Carapicuíba que os olhos não veem, três vidas se cruzam em meio ao caos, à luta e à arte de sobreviver. Um chefe misterioso, com tatuagens que falam por si. Um jovem dividido entre o tráfico e a esperança — sua arma é o microfone. Uma cidade viva, barulhenta, contraditória e pulsante. Carapicuíba City é um drama de ação que, por meio da ficção, escancara a realidade. Onde cada viela guarda uma escolha e cada esquina, um destino."