Registros do primeiro dia da Ocupação Olga Benário realizada pelo MLB em Diadema, 2008.
Fernanda Bloise
No maior conflito fundiário urbano da América Latina, companheiras e companheiros da região ocupada da Izidora marcham pela moradia digna. Cineasta e liderança, Kadu, leva sua câmera para a marcha e nela traz de volta alguns registros do dia 19/5. À beira do fogo ele relembra o dia, a luta e o sonho.
Carlos Eugênio Paz relembra sua participação na luta armada contra a ditadura militar entre as décadas de 1960 e 1980. Utilizando o codinome de "Clemente", ele participou da Aliança Libertadora Nacional e diversas ações urbanas. Através de seu depoimento, dos depoimentos de seus companheiros de luta e de imagens de arquivo, a diretora Isa Albuquerque constrói um retrato de um momento conturbado da história brasileira e de toda uma geração que lutou pela democracia de seu país.
O filme registra a ocupação de uma fazenda no Rio Grande do Sul e investiga as políticas de reforma agrária no Brasil da Nova República e a atuação do MST. Para isso, aborda a história de Rose, uma das líderes cujo sonho é ter um pedaço de terra.
Drama documental sobre a revolucionária Olga Benário. Olga Benário, jovem comunista alemã, lidera uma ousada operação que liberta Otto Braun da prisão de Moabit. Perseguida pelo governo alemão, foge para Moscovo, onde recebe treinamento militar. Designada pelo Komintern para proteger Luís Carlos Prestes no Brasil, os dois se apaixonam durante a Intentona Comunista de 1935. Capturada pelo regime de Getúlio Vargas, Olga, grávida, é deportada para a Alemanha nazista, onde enfrenta a prisão da Gestapo e, mais tarde, um campo de concentração, enquanto luta por sua filha e pela sobrevivência.
Documentário de uma ocupação de terras no Estado de São Paulo, enfatizando a ação da organização e gestão dos trabalhadores rurais sem terras. A luta pela terra e reforma agrária.
Desde novembro de 2021 a Casa Preta Zeferina vem construindo um espaço de acolhimento e luta, ajudando as mulheres vítimas de violência em Salvador. Mesmo sem nenhum financiamento, as militantes obtiveram sucesso em ocupar e resistir. Em constante diálogo com a comunidade do Santo Antônio, a Casa conta com a ajuda do povo para continuar realizando seu trabalho. O documentário Casa Preta Zeferina mostra os desafios e obstáculos na construção da Casa - mas sobretudo enfatizando a importância da mesma e o impacto do poder popular.
Na madrugada da sexta-feira santa de 2004 inicia-se uma ocupação. Cerca de 120 famílias armam seus barracos e começam a luta pelo direito à moradia. Surge o assentamento Leningrado em Natal, uma alusão a cidade soviética sitiada em 1941 durante a segunda guerra mundial. Ambos lugares de resistência e dignidade. Após anos de existência Leningrado ainda não tem serviços básicos como escola, saúde, segurança e lazer. Sua única ligação com a cidade é a linha 41, que precisa ser ampliada. Leningrado, linha 41 uma história de luta por direitos humanos.
Um assentamento urbano em remoção após um incêndio que destruiu mais de 50% dos barracos. Mulheres, homens e crianças em mudança para a tão sonhada moradia. Essa história é revelada de forma lúdica por uma criança de oito anos que viveu com sua mãe numa comunidade entre tábuas e lonas, mas que sonhava morar em uma casa com parede.
Por meio de entrevistas inéditas, com várias personalidades, o documentário narra a vida e luta de Manoel Lisboa, fundador e principal dirigente do Partido Comunista Revolucionário (PCR). Protagonista da resistência à ditadura e da luta pelo socialismo, exemplo de conduta revolucionária em todos os dias de sua militância, inclusive, nos seus últimos 18 dias, sob cruéis torturas, sem nada informar aos torturadores. O documentário é de Carlos Pronzato, cineasta argentino radicado no Brasil, autor de dezenas de dezenas de documentários, entre os quais sobre Che Guevara, Carlos Mariguela e "Escola toma Partido".
O Mini-Doc acompanha o MLB (Movimento de Luta nos Bairros vilas e favelas) nos primeiros momentos da Ocupação Anita Garibaldi, registrando a transformação do prédio que anteriormente estava a mais de 10 anos abandonado, em moradia para centenas de famílias. A ocupação, composta majoritariamente por mulheres negras e mães trabalhadoras, homenageia em seu nome o bicentenário da revolucionária Anita Garibaldi – grande lutadora do séc XIX.