Sinopse não disponível.
Hyndra
The Lady in Archive Footage
Três cineastas brasileiras falam sobre a representação da mulher no cinema e na história da arte.
Para este épico pessoal, Bressane pegou sua ópera omnia e a editou em uma ordem que primeiro segue a cronologia histórica, mas logo começa a retroceder e avançar. Os vários passados – anos 60, 80, 2000 – comentam-se de uma forma que lança luz sobre os temas e obsessões de Bressane, que se tornam cada vez mais aparentes e, finalmente, toda uma ideia de cinema se revela ao espectador curioso e paciente. Bressane irá, a partir de agora, retrabalhar A Longa Viagem do Ônibus Amarelo quando fizer outro filme? Este é o seu último começo? Por que não, pois o eternamente jovem mestre dissidente parece embarcar em uma viagem inaugural a cada novo filme!
A história de Flávio Migliaccio contada no documentário "Migliaccio, o brasileiro em cena" mostra a trajetória de um personagem que atravessou a dramaturgia brasileira do século vinte e foi protagonista de alguns de seus momentos mais relevantes artísticos e políticos sem perder sua característica marcante: manter-se sempre um "ser humano amador", em suas próprias palavras.
O documentário acompanha uma ação realizada durante o dia 20 de janeiro de 2023 pelo Bairro Educador do Morro do Mocotó em conjunto com alguns grafiteiros de Florianópolis para a revitalização da fachada da escola.
Antes do Cinema Novo revolucionar o cenário cinematográfico brasileiro, um jovem artesão e cineasta baiano já havia pavimentado o início da jornada de alguns dos maiores e mais populares filmes da história do país. O documentário conta fragmentos da história do cineasta Roberto Pires, através de alguns recortes de sua vida e jornada pelas suas obras, intercalando imagens de arquivo, cenas de seus filmes e uma entrevista com seu filho que também é cineasta, Petrus Pires, acompanhados de uma narração poética e uma trilha sonora inspirada em seu filme Abrigo Nuclear.
O documentário busca resgatar a trajetória da nossa imprensa desde 1808, quando chegou clandestinamente ao Rio de Janeiro o “Correio Brasiliense”, editado em Londres, por Hipólito José da Costa e vai até 1986, ano da produção. O “Impressões” é o primeiro documentário que trata da história da imprensa.
Com seu estilo explosivo, Glauber Rocha filma o funeral do artista plástico modernista Di Cavalcanti. Intercalando essas gravações com obras e memórias do pintor, o diretor discorre sobre uma série de assuntos artísticos, políticos e pessoais ao prestar um tributo ao amigo morto.
O documentário Silêncio das Inocentes foi lançado em 2010. Com direção de Ique Gazzola e roteiro de Rodrigo Azevedo, retrata a realidade social da violência doméstica no Brasil. O projeto nasceu do interesse da atriz e produtora Naura Schneider – que já havia levado às telas o tema em “Dias e Noites” (2008), de Beto Souza. O tema do filme, uma mulher que é agredida pelo companheiro, a aproximou de Maria da Penha Fernandes, vítima de um tiro disparado pelo marido enquanto ela dormia. À polícia, o agressor, que é professor universitário, contou que o tiro fora dado por um ladrão. Maria da Penha voltou para casa, paraplégica, foi mantida em cárcere privado e escapou de uma segunda tentativa de assassinato. Em 2002, apenas seis meses antes de a tentativa de homicídio prescrever, conseguiu que o agressor pagasse pelo crime. O ponto alto do documentário é esse relato.
"Celso: um retrato, um espaço" é um documentário que surge a partir de um ano de visitas esporádicas do documentarista (até então agnóstico convicto) ao complexo dos Capuchinhos, uma quadra que é, entre outras coisas, um lugar de preservação da memória dos frades capuchinhos na Serra Gaúcha, Sul do Brasil. O cotidiano do espaço e as divagações do carismático frade e artista plástico Celso Bordignon se intercalam na tentativa de contemplar aspectos da vida religiosa, arte, e a consciência das nuances da ação do tempo na matéria, no corpo e no espírito.
Documentário sobre a atriz brasileira Sandra Bréa.
O Sul-Americano de 1948, erguido pelo Vasco, o primeiro campeão continental do mundo. Na falta de registros de época, narrações de rádio foram refeitas e lances, animados. A trajetória do C.R. Vasco da Gama até ali: a luta contra o racismo, São Januário como palco principal do país (esportivo e social) e a cultura dominada por vascaínos.
Uma investigação aprofundada, sob a forma de um ensaio poético, sobre um dos principais movimentos cinematográficos latino-americanos, analisada através do pensamento dos seus principais autores, que inventaram, no início dos anos 60, uma nova forma de fazer cinema no Brasil, com uma atitude política, sempre próxima dos problemas do povo, combinando arte e revolução.
Situado no meio da Amazônia, a música do Estado do Pará é sinônimo de leveza e alegria. O filme recria este espírito, desenhando uma estrutura em encenações. Cada uma delas desvendará o universo onde surgiu a música paraense.
Um muro é construído, dividindo bem mais do que ricos e pobres.
A dublagem é algo presente no imaginário da maioria dos brasileiros, mas quantas pessoas conhecem a realidade do mercado de trabalho desses artistas? Para entender um pouco mais das décadas de luta da classe, fomos atrás de dubladores que contribuíram e ainda contribuem para a construção da categoria que existe hoje. A tecnologia, a transformação do mercado, a censura nas adaptações, as relações trabalhistas, o direito autoral usurpado e as contradições desses profissionais são refletidas ao longo do filme por quem viveu e vive a dublagem brasileira.
Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo, foi um dos maiores atores e comediantes do país. Órfão e neto de escravos, escapou da pobreza para forjar uma carreira que rompeu todas as barreiras imagináveis para um ator negro no Brasil, trabalhando com cineastas como Orson Welles, Joaquim Pedro de Andrade, Werner Herzog, Julio Bressane e Nelson Pereira dos Santos, entre tantos outros. Enquanto a mídia se aproveitava de suas polêmicas, Otelo moldou sua própria narrativa e discutiu o racismo que o assombrou por oito décadas, duas ditaduras e mais de cem filmes.
A série conta a história da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, um dos eventos culturais mais tradicionais da América Latina, que há 48 anos agita a cidade apresentando centenas de filmes do mundo todo. Através do olhar irreverente da cineasta Marina Person, descobriremos as emocionantes e inusitadas histórias que marcaram essa trajetória de resistência, revelando quem foram as pessoas que encararam o desafio de produzir todo ano, sem nunca falhar – apesar das condições quase sempre desfavoráveis –, esse evento enorme e vital para a vida cultural brasileira. Descobriremos também como a Mostra se tornou um dos principais festivais do planeta e como o cinema, o Brasil e o mundo mudaram ao longo desses anos.