Um registro poético do imaginário popular do Sertão, às 18 horas, quando toca na rádio a Ave Maria Sertaneja, interpretada por Luis Gonzaga.
Camilo Cavalcante
Nas eleições presidenciais de 2018, Campina Grande foi uma das únicas cidades no interior do Nordeste em que o candidato Jair Messias Bolsonaro obteve mais da metade dos votos válidos nos dois turnos. Mas as ligações do município com o bolsonarismo e as ideologias conservadoras vão muito além das urnas.
Três cineastas brasileiras falam sobre a representação da mulher no cinema e na história da arte.
O cinema pernambucano é considerado um dos quadros mais complexos do cinema brasileiro, principalmente por sua potência e seu estilo criativo. A presença das mulheres na realização cinematográfica raramente detém a mesma notoriedade histórica que a masculina, e o cenário pernambucano não foge disso. No contexto de “Amor, Plástico e Barulho”, podemos encontrar um filme-testemunho do processo de marginalização das mulheres no contexto da indústria criativa, relacionando temáticas de consumo e produção da música brega. Por isso, usamos “Feminino e Barulho” como uma forma de compartilhar o que aprendemos. Renata Pinheiro nos inspirou a criar uma narrativa que dá voz a quem precisa ser escutado. Viemos aqui mostrar um pouco delas e o que elas representam. “Feminino e Barulho” é um curta-metragem sobre amor, sobre feminilidade, sobre sororidade e empoderamento.
Durante a seca de 2019 no Nordeste do Brasil, Madalena perde a mãe em um acontecimento trágico que muda sua vida. Sozinha, ela se junta a uma rebelião na fazenda Grajaú, em Canudos, onde uma comunidade se levanta contra o descaso do governo. A resposta violenta do Estado transforma a esperança em luto. Tempos depois, a jornalista Júlia retorna para descobrir a verdade, ouvindo pessoas como Lúcia, uma mãe enlutada. Conforme Júlia investiga, histórias ocultas vêm à tona: o amor proibido de Madalena pelo rebelde João e a sede de vingança de Pedro, após perder o pai para a violência política. Seus caminhos se cruzam em um enredo de justiça, dor e redenção. Inspirado por Ariano Suassuna, famoso por "O Auto da Compadecida", este curta-metragem é um prelúdio de "A Pena e a Lei", criado por alunos do 9º ano da Escola SESI Cambona, em Maceió, Alagoas. O filme foi exibido no Festival SESI de Arte e Cultura, em julho de 2023, emocionando o público com sua narrativa sensível e socialmente engajada
Pelé, um enfermeiro aposentado de 67 anos que caminha lentamente. A sua história se confunde com a história do carnaval de Caruaru, sua cidade natal. É o mais antigo membro vivo do centenário Boi Tira-Teima, um grupo de bumba-meu-boi que teve como um dos mestres seu falecido pai, o grande Mestre Gerson. Acompanhamos sua rotina construindo uma carapaça de um animal para o folguedo, enquanto ele relembra um pouco da sua trajetória pessoal com o carnaval de Caruaru e da sua relação com a sua família, que é o grupo Boi Tira-Teima.
Curta-documentário com entrevistas a migrantes que vivem no Nordeste, contando suas memórias, jornadas, desafios na migração e com a pandemia da Covid-19. Realizado pelo Grupo MIGRA com recursos do Edital de Apoio à Pesquisa em Criação Artística da PROExC/UFPE.
Chico Science colocou rios, pontes e overdrives na música brasileira e movimentou o Brasil com o mangue beat (ou mangue bit), este documentário tem partes de shows, entrevistas com Nação Zumbi, e mais é um belo especial sobre Science. Chico Science foi representado no especial por números de show de 1993 e por sua entrevista ao programa MTV no Ar, em 1995.
O dia-a-dia de um estudante teatro, em uma universidade pública, e suas reflexões.
Maurício Tiburcio, famoso pelo apelido de “Mãos de Pedra” devido aos fortes socos que deferia em suas lutas, foi um atleta de artes marciais que obteve durante sua vida dezenas de vitórias. Atualmente, após deixar os tatames, segue perpetuando seu legado como professor de judô.
Este documentário explora as vivências e desafios enfrentados por pessoas com deficiência no Brasil. Através de relatos emocionantes e histórias inspiradoras, buscamos promover a conscientização, combatendo o capacitismo e sensibilizar as pessoas, os poderes e políticas públicas na busca por uma sociedade inclusiva em que a dignidade da pessoa humana e a cidadania plena sejam reais.
Em 2019, o Brasil enfrentou a maior tragédia ambiental em extensão de sua história: um misterioso derramamento de petróleo cru atingiu mais de 2 mil km do litoral. O desastre mobilizou comunidades, ativistas e instituições, mas deixou marcas profundas e ainda visíveis no meio ambiente e na vida das pessoas afetadas. Cinco anos depois, este documentário investiga os impactos dessa catástrofe no litoral pernambucano — revelando não só as consequências ainda presentes, mas também os caminhos e desafios para o futuro das áreas atingidas.
Carmelita e João são dois idosos piauienses cujos avós são sobreviventes da Seca de 1932, evento que resultou na falta de abastecimento de água que provocou a migração de pessoas do Nordeste do Brasil.
Passando pelas reminiscências da ditadura e seus trabalhos artísticos, o pernambucano Paulo Bruscky caminha pela cidade enquanto exercita seu olhar libertário e experimentador sobre o mundo.
Em uma pequena cidade do Alto Sertão da Paraíba os moradores se preparam para festejar a Folia de Reis. Figuras fantásticas costuram uma história que se desenrola entre o real, o místico e a presença de um homem com poder e mistério.
Se nós somos luz do mundo, nós precisamos clarear onde exatamente esta escuro. O problema é a gente está querendo clarear onde já tem luz. O Senhor é o Deus dessa nação e feliz a nação cujo Deus é o Senhor. Gravado no Centro de Convenções da PE-60 no Cabo de Santo Agostinho-PE, em 13 de Fevereiro de 2016.
O governador Sérgio Loreto e políticos de seu gabinete posam para a câmera. As comemorações do Centenário da Confederação do Equador, desfile da Força Pública (Infantaria, Cavalaria e Corpo de Bombeiros), missa campal celebrada pelo arcebispo D. Miguel Valverde, colocação da pedra fundamental do Palácio da Justiça.